O Plano Decenal de Energia elaborado pela Empresa Produtora Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, estima a necessidade de construção de sete usinas hidrelétricas em Mato Grosso, levando-se em conta o crescimento de 4,90% ao ano da economia brasileira até 2016. Os estudos de viabilidade e inventário feitos pela EPE mapeiam a localização das sete novas usinas. Cinco deverão ser construídas no rio Teles Pires, em Mato Grosso, e as outras duas são a de Foz do Apiacás, no rio Apiacás, também em Mato Grosso, e de Marabá, no rio Tocantins, na divisa dos estados do Pará e Maranhão. As usinas a serem construídas no rio Teles Pires são as de Sinop, que deverá operar a partir de julho de 2014, com potência instalada de 461 mW; Colíder, com potência instalada de 342 mW, a partir de fevereiro de 2015; Magessi, prevista para operação em abril de 2015 (potência instalada de 53 mW); São Manuel, com entrada em operação prevista para janeiro de 2015 e potência de 746 mW; e a usina de Teles Pires, prevista para operar a partir de setembro de 2015, gerando 1,82 mW. A usina do rio Apiacás tem previsão de entrar em operação em abril de 2015, com potência de 275 mW, e a de Marabá terá potência instalada de 2,16 mil mW, a partir de dezembro de 2014. Além desses empreendimentos a serem construídos em Mato Grosso, o Plano Decenal lista 76 empreendimentos de geração de energia, dos quais 19 estão em fase de construção, 13 em fase de consultas, nove licitados, 11 em processo de licitação e 24 empreendimentos indicados para leilões futuros. Está prevista ainda a adição média de até 5 mil mW/ano para os próximos 10 anos, enquanto o plano anterior, de 2006 a 2015, previa oferta média de 4 mil mW anuais. Mato Grosso é um dos estados que mais contribui para a geração de energia que abastece várias cidades brasileiras. Nos últimos cinco anos, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já foram investidos R$ 5,58 bilhões, somando os empreendimentos em operação e os que estão em fase de construção. Deste total, as PCHs respondem por cerca de 30% das aplicações, ou seja, injetaram na economia local R$ 1,62 bilhão. O potencial hídrico inventariado – 9,34 mil mega watts (mW) - chama a atenção de diversos grupos, que a cada ano ampliam seus investimentos no Estado. A média de aplicações é de R$ 1 bilhão por ano, o que coloca Mato Grosso entre os estados que ampliam a produção de energia. Mato Grosso possui atualmente 106 empreendimentos em operação, mas está previsto, para os próximos anos, um acréscimo de 496 mW na capacidade de geração por conta das usinas que estão em fase de construção no Estado, sendo 14 PCHs (num total de 235 mW e uma UHE (usina Salto Dardanellos) com potência de 261 mW. Além das 38 usinas em operação e das 15 em fase de construção, Mato Grosso conta ainda com mais 29 empreendimentos outorgados entre 1998 e 2004 - que ainda não tiveram suas obras iniciadas - totalizando
476,72 mW. Entre elas, 21 PCHs (287,59 mW), uma UHE (150 mW), duas UTEs (34,80 mW) e, cinco, CGHs (4,33 mW). Somados todos os empreendimentos aprovados, em fase de implantação e outorgados, dentro de três ou quatro anos a oferta global de energia poderá chegar a 2,97 mil mW, o que daria para suprir três estados do tamanho de Mato Grosso.
FONTE: Diário de Cuiabá
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