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Novo VW Polo Sedã

sábado, 12 de setembro de 2009


Não demorou muito tempo para que mais uma grande montadora instalada no país passasse a contar em sua linha com uma opção de câmbio automatizado, cuja estreia ocorreu em 2007 com o Chevrolet Meriva e foi seguida pelo Fiat Stilo. A partir deste mês, a Volkswagen passa a oferecer o Polo I-Motion nas versões hatch e sedã, que inauguram a transmissão batizada pela marca alemã de ASG, sigla para Automated Sequential Gearbox, ou caixa de câmbio sequencial automatizada.

Em sua apresentação do Polo I-Motion (iniciais de Intelligent Motion, ou Mobilidade Inteligente em uma tradução livre) para a imprensa, o gerente-executivo de marketing da VW, Fabrício Biondo, destacou que “a demanda por conforto é crescente no Brasil” e, dentre os equipamentos mais procurados nos últimos anos encontra-se a transmissão automática. Tendo isso em vista, a VW viu uma boa oportunidade para desenvolver e incorporar em sua linha o câmbio automatizado em modelos mais acessíveis, já que esse tipo de caixa custa a metade de uma transmissão automática convencional. Apesar do apelo comercial, Biondo declarou ao Carro Online que a inclusão da caixa ASG em outros modelos da marca, inclusive o Gol para rivalizar com o recém-apresentado Palio Dualogic, "ainda está sob estudo".

Tido como um modelo pioneiro em novas tecnologias, o Polo foi o escolhido apresentar a tecnologia ASG ao mercado. No total, serão quatro versões: Hatch 1.6 I-Motion (R$ 42 580), Hatch Sportline 1.6 I-Motion (R$ 50 465), Sedan 1.6 I-Motion (R$ 44 810) e Sedan Comfortline 1.6 I-Motion (R$ 53 815), sendo que o último conta com rádio de série. O preço dos modelos é o mesmo já praticado atualmente com o acréscimo de R$ 2 450 pela transmissão ASG. Como opcional é possível adquirir o volante multifuncional com comandos de troca de marchas e desenho semelhante ao do Passat CC por R$ 470, mas sua venda é casada com o MP3 player com entrada auxiliar e Bluetooth, o que acrescenta R$ 800 ao conjunto. Em caráter promocional, a VW oferecerá uma configuração do Polo hatch I-Motion por R$ 44 140 com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, sensor de estacionamento e o sistema Coming/Leaving Home de acendimento automático dos faróis.

Adaptação necessária

É inegável que uma transmissão automatizada sob a tutela da Volkswagen e seu legado de excelência mecânica era muito aguardada, mas a principal dúvida permanecia: será que os alemães conseguiriam criar um câmbio desse tipo sem o "efeito gangorra", como são chamados os trancos característicos?

Para ajudar nessa difícil missão, até mesmo o engenheiro Jens Hadler, que traz no currículo o desenvolvimento do câmbio de dupla embreagem – o estado-da-arte em termo da tecnologia de transmissão e chamado pela VW de DSG –, foi convocado para auxiliar no trabalho. Dentre as medidas adotadas, as relações da segunda, terceira e quarta marchas foram reduzidas para diminuir o espaço de troca entre elas. Os anéis sincronizadores passaram a ser revestidos em molibdênio para aumentar a durabilidade e reduzir a pressão de trabalho, enquanto a embreagem conta com novo elemento de atrito de maior resistência ao fading, perda de eficiência causada pelo aumento de temperatura. Uma das vantagens da transmissão ASG em relação ao câmbio manual é que o conjunto ganha em durabilidade, já que o disco de embreagem é movimentado em condições ideais, o que reduz o desgaste sofrido no uso tradicional quando é realizado pelo motorista.

O resultado, como pudemos comprovar em um test-drive com o modelo, é que a marca atingiu o estágio mais avançado para uma transmissão desse tipo até o momento. O câmbio ASG é bem mais eficiente do que o aplicado nos primeiros Fiat Stilo Dualogic, por exemplo, e pouca coisa melhor do que o usado pela fabricante italiana no Linea. Traduzindo em miúdos, ele é mais ágil na troca de marchas e efetua a manobra de forma mais delicada. Apesar disso, não espere do ASG a rapidez, precisão e conforto de uma transmissão automática sequencial Tiptronic de 6 marchas da linha VW.

Um fato inegável com relação ao ASG ou dispositivos congêneres é que o motorista precisa se adaptar a ele. No Polo I-Motion, por exemplo, é possível trafegar com o modo Drive selecionado e evitar o desconforto das trocas, porém é necessário aliviar o pé do acelerador no momento que o sistema passará para a marcha seguinte, em torno das 2 500 rpm no caso do VW. É uma adaptação necessária a esse tipo de tecnologia.

Dinamicamente, o Polo I-Motion continua com o mesmo comportamento e reações dos seus irmãos manuais, já que nenhuma alteração foi feita no conjunto mecânico. Um detalhe interessante é que todo Polo I-Motion conta com o dispositivo de partida assistida, ou seja, basta dar um toque na chave que a central eletrônica do carro controla a partida. A suspensão bem acertada lida bem com os buracos e imperfeições, mas é um pouco rígida principalmente na traseira. A bordo do sedã, essa característica é amenizada.

O motor segue o mesmo 1.6 VHT de 104 cv a 5 250 rpm e 15,6 kgfm a 2 500, números obtidos com álcool. O bloco impulsiona o Polo I-Motion de 0 a 100 km/h em 12s5 e retomada de 80 a 120 km/h foi cumprida em 9s6, de acordo com nossos testes. O consumo, outra vantagem do ASG sobre uma caixa automática “puro sangue”, ficou em 7,6 km/l na cidade e 11,8 km/l em ciclo rodoviário, boa média de 9,7 km/l com o combustível vegetal.

A Volkswagen aposta em futuro promissor para a caixa ASG e, segundo nos revelou o gerente-executivo de marketing da empresa, a marca espera que a opção do Polo com câmbio automatizado atinja 60% do mix no hatch e 70% da versão sedã. Na busca dos consumidores por mais conforto, ele será um bom – e acessível – aliado.

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